Seguro quer "debate sério" sobre CPLP

O secretário-geral do PS considera positivo se a CPLP contribuir para a abolição da pena de morte na Guiné Equatorial mas que será "profundamente negativo" se esta adesão for para branquear ataques à dignidade humana.
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António José Seguro falava aos jornalistas durante uma visita ao concelho de Valongo, onde comentou a entrada da Guiné Equatorial, como membro de pleno direito da CPLP, por consenso e sem votação, que foi anunciada em Díli, onde decorreu a décima cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos países lusófonos.

"Se a CPLP contribuir para que exista abolição da pena de morte, respeito pelos direitos humanos e respeito pelo processo democrático na Guiné Equatorial, então isso é positivo. Se for para branquear esses ataques à dignidade humana, então isso é profundamente negativo", defendeu.

Na opinião do secretário-geral do PS, "é altura de haver um debate sério sobre a CPLP, qual é o papel de Portugal nessa CPLP e para que é que a CPLP existe".

"Manter um país que tem a pena de morte, a meu ver, é anti CPLP, anti valores da própria CPLP", disse.

Seguro deseja assim que "este seja um momento em que a CPLP contribui para que a Guiné Equatorial cumpra os estatutos da CPLP, designadamente promova a abolição imediata da pena de morte, que promova o respeito pelos direitos humanos e pelas regras da democracia".

"A minha posição é muito clara e muito firme quanto ao respeito dos valores, que são valores universais. Para mim é essencial o seguinte: a CPLP é um instrumento e uma plataforma indispensável para a nossa política externa, para o relacionamento entre povos que partilham a língua portuguesa", acrescentou.

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